Conforme o ex-ministro do Meio Ambiente José Goldemberg, a Conferência Rio 92 baseou-se nas preocupações da década de 1980. Nesta época, as questões relacionadas ao Aquecimento Global e a destruição da Camada de Ozônio se tornavam importantíssimas e não havia a crise econômica como se tem agora. Ansiava-se por uma Conferência que marcasse os vinte anos de Estocolmo. A Assembléia Geral das Nações Unidas, com a efetiva participação do Brasil reduziu a ênfase em Meio Ambiente como a Conferência desejava, tanto que a Rio 92 não se chamou Conferência do Clima e sim Conferência do Meio Ambiente e Desenvolvimento. O Brasil desde 1972 se posicionou contra a grande ênfase ambiental, pois havia a preocupação de prejudicar o desenvolvimento econômico do país. E a Conferência das Nações Unidas, a Assembleia Geral aprovou a realização da Conferência no Rio com duas semanas de duração.
Vinte
anos depois, a Confederação é organizada para avaliar o que se conseguiu nestes
20 anos, em 1992 foram adotadas as Convenções do Clima e da Biodiversidade e,
logo depois, o Protocolo de Kyoto, que apesar de não ter sido ratificado pelos
Estados Unidos foi aceito em todos os países da União Europeia. A Rio+20 foi
programada para durar 3 dias, o que significa que não haverá espaço para
negociações, será uma Conferência Cerimonial precedida de conferências
paralelas, o que não é garantido que estas conferências paralelas influam nas decisões
dos primeiros ministros e presidentes.
Por
fim, o documento criado na Rio+20 possui 128 parágrafos, sendo que 120 são
exortações, portanto o documento não propõe passos concretos e as pessoas
passam a duvidar de quão urgente é o problema. Para Nassir Al-Nasser,
Presidente da Assembleia Geral da ONU, na Rio 92 houve a discussão sobre o
desenvolvimento sustentável, porém a Rio+20 definiu uma nova visão de
desenvolvimento para o futuro, que será igualitário e inclusivo e levará em
conta os limites do planeta. Os países acordaram uma ampla gama de ações, como
iniciar o processo para estabelecer metas de desenvolvimento sustentável; o
detalhamento de como a economia verde poderá ser usada como uma ferramenta para
alcançar o desenvolvimento sustentável e também focaram o aprimoramento pela
igualdade dos gêneros e a necessidade de engajar a sociedade civil nas decisões
políticas.
Fontes:
Vídeo do prof. José Goldemberg
Imagem
http://www3.sp.senac.br/hotsites/wordpress/index.php/Tags/rio20/
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