domingo, 9 de setembro de 2012

BIOCOMBUSTÍVEIS E PRODUÇÃO DE ALIMENTOS .

Biocombustíveis x Alimentos 1

Até onde se pode mesmo produzir biocombustíveis sem afetar a produção de alimentos?

O mundo irá mesmo deixar de produzir alimentos para produzir combustível?



A questão é bastante delicada e oportuna no cenário atual de aumento do preço dos alimentos.

O primeiro passo para uma resposta a este questionamento é o da compreensão da relação entre a formação de preço dos alimentos ao consumidor e a produção de biocombustíveis. Vejamos a questão sobre o ponto vista negativo.

1. Os biocombustíveis têm alguma coisa a ver com os alimentos que compramos?

Mais do que poderíamos desejar. No caso do álcool combustível brasileiro, a matéria-prima mais usada para a sua produção é a cana-de-açúcar, a mesma usada na produção de açúcar e seus derivados. O biodiesel utiliza soja, palma (dendê), girassol e amendoim, dentre outras.

2. Aumento da demanda

É verdade que a humanidade está dividindo, hoje, parte de seu alimento com um grande concorrente que é a indústria de biocombustíveis. Pela lei fundamental do capitalismo, o da oferta e procura, como a demanda por produtos que são usados tanto em biocombustíveis como em alimentos em crescimento, os preços, destes, tendem a subir.

3. Diminuição na produção de alimentos

Os agricultores brasileiros, contagiados pela crescente demanda dos biocombustíveis por matéria-prima, têm substituído suas culturas tradicionais pelas utilizadas na produção de biodiesel e etanol. O resultado imediato é a elevação dos preços dos alimentos.

4. Aumento indireto de preços dos alimentos

Boa parte da alimentação dos bovinos, suínos e aves é composta por insumos utilizados na produção de biocombustíveis. Ou seja, poderia ficar mais caro alimentar estes animais. E este aumento nos custo geralmente é repassado aos consumidores - carnes e laticínios podem ficar mais caros.

5. Alguns indicativos do mercado

Ao longo de 2006, o preço internacional do milho (matéria-prima não só da tortilla, mas do etanol nos EUA) subiu 55%. A soja, cuja produção foi reduzida nos EUA para abrir espaço para o milho, teve alta de 13%, segundo o International Food Policy Research Institute (IFPRI).

Na economia brasileira, de 2006 a 2007, alguns alimentos apresentaram elevação dos preços acima do esperado, de acordo com estatísticas da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O açúcar refinado, por exemplo, ficou 15,74% mais caro no varejo no período. No período doPró-álcool, a primeira tentativa de usar etanol nos veículos brasileiros ocorrida nos anos 80, houve muita especulação e os usineiros, às vezes, vendiam para os produtores do etanol e, às vezes, para os produtores de açúcar.

Os especialistas já não ignoram mais a existência de uma correlação entre preços de alimentos e aumento da demanda de biocombustíveis. A constatação veio por meio do informe Perspectivas Agrícolas 2007-2016, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), publicado em setembro de 2007.

De acordo com o relatório, a demanda por biocombustíveis em nível mundial vai duplicar em 10 anos. Do lado da oferta, estima-se que até 2016 a União Européia (UE) irá produzir 21 milhões de toneladas de biocombustíveis, ante aos atuais 10 milhões; os EUA irão dobrar sua produção e o Brasil, por sua vez, irá saltar de 21 para 44 bilhões de litros produzidos anualmente. A China, ainda segundo a OCDE, irá expandir sua produção de etanol em cerca de 3,8 bilhões de litros por ano.

6. Exclusão social

O modelo de produção de biocombustíveis, baseado em grandes propriedades e na geração de sub-empregos, é considerado socialmente excludente.

7. Aumento do efeito estufa

Como o modelo de produção de biocombustiveis usados atualmente ainda se baseiam na utilização dos combustíveis fosseis para o transporte e, no caso americano, até para a produção de etanol, levaram alguns estudos científicos, publicados em outubro de 2007, a apontarem que, se o processo produtivo for considerado na somatória de emissão de gases do efeito estufa, os biocombustíveis chegam a ser 70% mais nocivos do que combustíveis fósseis.

8. Desmatamento de florestas

O aumento da área plantada de cana-de-açúcar poderá pressionar a atual área agropecuária brasileira no sentido da Amazônia e, conseqüentemente, ao desmatamento da floresta.

Um ano após o anúncio do aumento da demanda mundial de biocombustíveis, em 2006, estatísticas apontaram um crescimento no percentual de desmatamento da Amazônia, que há cinco anos seguia tendência de diminuição.

9. Insuficiência de recursos hídricos

Atualmente a quantidade de água utilizada em todo o mundo na produção de alimentos é da ordem de 7 mil metros cúbicos, de acordo com o . A estimativa é que, até o ano 2050, este consumo praticamente dobre. Nas palavras de Jan Lundqvist, diretor do conselhor da SIWI, "as projeções indicam que a água necessária para produzir biocombustíveis crescerá na mesma proporção que a demanda de água por alimentos, o que representaria a necessidade de 20 a 30 milhões de quilômetros cúbicos em 2050. E isto não é possível".

FONTE: http://biocombustiveis-brasil.blogspot.com.br/

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Biodiesel no Jornal Nacional

Biodiesel no Jornal Nacional
Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=6KPdnhxWE7E

Reflexões sobre biocombustíveis


Reflexão sobre biocombustíveis


Membro do IPCC faz observações sobre emissão de óxido nitroso, poderoso gás de efeito estufa
O diretor do Laboratório de Sistemas Terra-Solar no Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR), em Boulder, Colorado (EUA), dr.Guy Brasseur, tem dúvidas sobre a eficácia da proliferação dos biocombustíveis, como o etanol, como instrumento para combater o aquecimento global.
Entre outros fatores, cita a possibilidade de incremento da emissão de óxido nitroso (N2O), em função do aumento do uso de fertilizantes de nitrogênio em culturas destinadas a biocombustíveis.
O óxido nitroso é um dos gases que contribuem para agravar o efeito estufa, apresentando um potencial de absorver energia derivada da radiação infravermelha em cerca de 230 vezes do que o do dióxido de carbono (CO2).
Portanto, apesar de ser emitido em menor quantidade, o óxido nitroso - também empregado em processos industriais - tem impacto no aquecimento global comparativamente maior do que o dióxido de carbono, considerando o potencial de absorção de energia. A dissipação do N2O é realizada pela luz ultravioleta estratosférica, em processo que pode demorar cerca de 150 anos.
As observações do sr.Guy Brasseur foram feitasno dia3 de maio, na abertura do painel sobre aquecimento global, promovido no Espaço Cultural CPFL, em Campinas (SP) (veja as informações sobre o painel). Brasseur integra o Grupo de Trabalho I do IPCC.
Ele defende a continuidade de pesquisas sobre etanol, outros combustíveis e fontes renováveis de energia, para que sejam tomadas decisões, em termos de políticas públicas, com base em conhecimentos científicos consistentes.
O cientista destacou, de fato, a necessidade de maior diálogo e entendimento entre a comunidade científica e os governantes, no sentido de criar um sistema de tomada de decisões diante das mudanças climáticas. "Os legisladores e governantes precisam tomar consciência de que algumas decisões são de longo prazo, ultrapassando o tempo dos seus mandatos", destacou.
Brasseur salientou ainda que as metas previstas no Protocolo de Kyoto não são suficientes diante das exigências de adaptação e mitigação derivadas das mudanças climáticas. Entretanto, considera importantes novas negociações, considerando o período pós-Kyoto, e destaca a relevância do MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) para promover projetos que contribuem para o desenvolvimento sustentável, em benefício principalmente dos países em desenvolvimento.
E reiterou a importância que o sistema educacional e os meios de comunicação têm na popularização do debate sobre o aquecimento global, em função das necessárias mudanças culturais em face das alterações climáticas.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Entrevista do Prof° Molion no Canal Livre da Band.

Entrevista concedida pelo Professor da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion no programa em 10/01/2010 aponta os equívocos a respeito da suposta influência do homem sobre o Aquecimento Global.

Governo brasileiro incentiva a produção de Etanol

Fonte: http://chargistaclaudio.zip.net/arch2009-10-11_2009-10-17.html#2009_10-15_23_13_44-2424842-0


Esta charge aborda a questão do incentivo do Governo brasileiro a produção de etanol.

Diferenças entre a Rio 92 e a Rio+20



Conforme o ex-ministro do Meio Ambiente José Goldemberg, a Conferência Rio 92 baseou-se nas preocupações da década de 1980. Nesta época, as questões relacionadas ao Aquecimento Global e a destruição da Camada de Ozônio se tornavam importantíssimas e não havia a crise econômica como se tem agora. Ansiava-se por uma Conferência que marcasse os vinte anos de Estocolmo. A Assembléia Geral das Nações Unidas, com a efetiva participação do Brasil reduziu a ênfase em Meio Ambiente como a Conferência desejava, tanto que a Rio 92 não se chamou Conferência do Clima e sim Conferência do Meio Ambiente e Desenvolvimento. O Brasil desde 1972 se posicionou contra a grande ênfase ambiental, pois havia a preocupação de prejudicar o desenvolvimento econômico do país. E a Conferência das Nações Unidas, a Assembleia Geral aprovou a realização da Conferência no Rio com duas semanas de duração.
Vinte anos depois, a Confederação é organizada para avaliar o que se conseguiu nestes 20 anos, em 1992 foram adotadas as Convenções do Clima e da Biodiversidade e, logo depois, o Protocolo de Kyoto, que apesar de não ter sido ratificado pelos Estados Unidos foi aceito em todos os países da União Europeia. A Rio+20 foi programada para durar 3 dias, o que significa que não haverá espaço para negociações, será uma Conferência Cerimonial precedida de conferências paralelas, o que não é garantido que estas conferências paralelas influam nas decisões dos primeiros ministros e presidentes.
Por fim, o documento criado na Rio+20 possui 128 parágrafos, sendo que 120 são exortações, portanto o documento não propõe passos concretos e as pessoas passam a duvidar de quão urgente é o problema. Para Nassir Al-Nasser, Presidente da Assembleia Geral da ONU, na Rio 92 houve a discussão sobre o desenvolvimento sustentável, porém a Rio+20 definiu uma nova visão de desenvolvimento para o futuro, que será igualitário e inclusivo e levará em conta os limites do planeta. Os países acordaram uma ampla gama de ações, como iniciar o processo para estabelecer metas de desenvolvimento sustentável; o detalhamento de como a economia verde poderá ser usada como uma ferramenta para alcançar o desenvolvimento sustentável e também focaram o aprimoramento pela igualdade dos gêneros e a necessidade de engajar a sociedade civil nas decisões políticas. 

Fontes:
Vídeo do prof. José Goldemberg 
Imagem
http://www3.sp.senac.br/hotsites/wordpress/index.php/Tags/rio20/

"A Grande Farsa do Aquecimento Global" X "Uma Verdade Incoveninte"

 "A Grande Farsa do Aquecimento Global" de Martin Durkin foi exibido no dia 08 de março de 2007 pelo Channel 4 britânico, em contraponto a "Uma verdade Inconveninte" de Al Gore, contando com a participação de cientistas renomados para denunciar a teoria do Aquecimento Global provocado pelo homem, que não tem comprovação científica.
Depoimentos de Carl Wunsch, Eigil Friis-Christensen, Frederick Singer, Ian Clark, James Shikwati, John Christy, Lord Lawson de Blaby, Nigel Calder, Nir Shaviv, Patrick Michaels, Patrick Moore, Paul Reiter, Philip Stott, Piers Corbvn, Richard Lindzen, Roy Spencer, Syun-Ichi Akasofu e Tim Ball.

Fonte:  http://www.youtube.com/watch?v=tpvpiBiuki4&feature=related