A charge mostra o trabalho rural, que aos olhos das grandes corporações,
é totalmente insignificante, pois a estrutura destas grandes
corporações pressupõe a utilização maciça da tecnologia e os poucos
trabalhadores envolvidos neste processo estarão sujeitos a esta
precarização do trabalho. Energia "limpa", relação de trabalho "suja".
As políticas vigentes associam biocombustíveis à proteção à
biodiversidade. Se partirmos do princípio de que os biocombustíveis
devem pautar na sustentabilidade e na proteção ambiental, inclusive as
questões relacionadas à segurança alimentar, devemos, portanto utilizar o
termo agrocombustíveis, uma vez que sua produção está relacionada à
produção agrícola monoculturista e com características do agro-negócio.
Apresentam-nos a ideia de que os agrocombustíveis solucionarão os
problemas da crise energética e acabarão com o chamado aquecimento
global. Porém é preciso considerar o gasto de energia para se gerar esse
combustível e o valor equivalente em alimentos que poderiam ser
produzidos na mesma área cultivada, sem contarmos o fato de que os
agrocombustíveis proliferam monoculturas, como por exemplo, a
cana-de-açúcar.
Os agrocombustíveis representam o interesse de grandes
empresas de petróleo, de bancos, de governos e de estruturas
organizacionais que possuem grandes áreas de terra (exemplo dos
latifundiários e do capital do agronegócio). Estas importantes entidades
conhecem o jogo geopolítico mundial e sabem das necessidades cada vez
mais urgentes de energia dos países desenvolvidos.
Conforme a charge sobre o etanol é possível analisar o quanto o seu
cultivo sacrifica as populações, para o enriquecimento das grandes
empresas, de governos e de estruturas organizacionais.
Fonte(Texto):
http://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/47003/1/2ed_geo_m4d8.pdf
Postado por: Carina
Dependência do Petróleo
ResponderExcluirMudar a matriz energética?
Nada muda nos próximos dois anos e se algo mudar será para aumentar a dependência da importação de gasolina, diesel e derivados, o que certamente irá ocorrer se a economia voltar a crescer mais de 3%...
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo, 5 de agosto de 2012, Caderno Economia.