terça-feira, 21 de agosto de 2012

Charge sobre o etanol



A charge mostra o trabalho rural, que aos olhos das grandes corporações, é totalmente insignificante, pois a estrutura destas grandes corporações pressupõe a utilização maciça da tecnologia e os poucos trabalhadores envolvidos neste processo estarão sujeitos a esta precarização do trabalho. Energia "limpa", relação de trabalho "suja".

Biocombustíveis ou Agrocombustíveis?

As políticas vigentes associam biocombustíveis à proteção à biodiversidade. Se partirmos do princípio de que os biocombustíveis devem pautar na sustentabilidade e na proteção ambiental, inclusive as questões relacionadas à segurança alimentar, devemos, portanto utilizar o termo agrocombustíveis, uma vez que sua produção está relacionada à produção agrícola monoculturista e com características do agro-negócio.
Apresentam-nos a ideia de que os agrocombustíveis solucionarão os problemas da crise energética e acabarão com o chamado aquecimento global. Porém é preciso considerar o gasto de energia para se gerar esse combustível e o valor equivalente em alimentos que poderiam ser produzidos na mesma área cultivada, sem contarmos o fato de que os agrocombustíveis proliferam monoculturas, como por exemplo, a cana-de-açúcar.
Os agrocombustíveis representam o interesse de grandes empresas de petróleo, de bancos, de governos e de estruturas organizacionais que possuem grandes áreas de terra (exemplo dos latifundiários e do capital do agronegócio). Estas importantes entidades conhecem o jogo geopolítico mundial e sabem das necessidades cada vez mais urgentes de energia dos países desenvolvidos.
Conforme a charge sobre o etanol é possível analisar o quanto o seu cultivo sacrifica as populações, para o enriquecimento das grandes empresas, de governos e de estruturas organizacionais. 

Fonte(Texto):
http://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/47003/1/2ed_geo_m4d8.pdf

Postado por: Carina


 

Um comentário:

  1. Dependência do Petróleo


    Mudar a matriz energética?

    Nada muda nos próximos dois anos e se algo mudar será para aumentar a dependência da importação de gasolina, diesel e derivados, o que certamente irá ocorrer se a economia voltar a crescer mais de 3%...

    Fonte: Jornal O Estado de São Paulo, 5 de agosto de 2012, Caderno Economia.

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